terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Museu do Homem do Nordeste

           O Museu do Homem do Nordeste, criado por Gilberto Freire e fundado em 1979, ele o criou porque ele queria falar que homem do nordeste é esse, que raça é essa, que etnia, que cultura era essa e mostrar ao povo que o nordestino é diferente do carioca, do gaúcho e de todos, e que esse nordestino tem uma história grande e diversificada que às vezes nem é valorizada. Ele queria mostrar nossa diversidade cultural, como a gente vive e como a gente é.

           Um museu nunca é completo, pois não da pra se falar de tudo em um museu só. Mas no museu do homem do nordeste a gente consegue descobrir um bocado de coisas. O museu procurou mostrar a pluralidade do nordeste. Ele vem trazendo cultura para a região, criando esposoções com um acervo muito rico culturalmente, de mais de 3.500 peças.
        
           Fizemos uma visita onde vimos um vídeo muito interessante sobre o Nordeste, mostrando suas diferentes regiões, paisagens e polos culturais, enriquecendo nosso conhecimento. Vimos os materiais espostos e conhecemos máquinas fotográficas, loussas mantigas, quadros, vestimentas, imagens, e muito mais.


       
        O museu possui também projetos com a comunidade, trazendo crianças de rua, sem condições, e até adultos sem empregos, trazendo essas pessoas para um espaço educativo, ensinando a arte, história e a cultura.

         O Museu fala sobre vários temas sobre a história brasileira, a primeira fala sobre as influências estrangeiras, que são: francesas, portuguesas, inglesas, americanas, holandesas. Todos esses povos trouxeram um pouco de cada coisa de sua cultura que influenciou o nosso Brasil.

        Sobre as influências francesas: lá pudemos observar xícaras com pinturas detalhadas, xícaras com aparador de bigode, escarradeira, etc. 

        Outra coisa que os franceses trouxeram que foi muito importante foi a máquina fotográfica. Mas a fotografia não era bem aceita, pois o povo achava estranho se ver na foto, porque achavam que aquela imagem era a alma e se tirasse foto da fotografia roubava a alma da pessoa. D. Pedro II que popularizou, ele queria tirar aquela visão de um Brasil exótico só com índios, jacaré passando na rua, etc. ele quis mostrar que sim, nós éramos urbanizados, e que tínhamos uma vida normal.  

Com a evolução e aparecimento de novas técnicas e descobriu que se você juntasse rápido várias imagens, iria criar um certo movimento, se tirava as fotos com pessoas, objetos, etc. Em movimento e quando juntava no projetor dava aquela ilusão e ai surgiu o cinema mudo. Recife era uma referência nesse tipo de cinema, ele até transportava seus atores à Hollywood.

            A próxima sala era a de índios. Nós sempre temos essa visão de que índio anda nu, ou só de tanguinha, com cabelo liso, preto, pele marrom avermelhada, etc. Mas na verdade não é assim pra você ser índio, ou qualquer coisa, você precisa se aceitar como tal e ser aceito como tal nessa comunidade.

A próxima sala é a do navio negreiro, os escravos eram trazidos nesses navios negreiros em péssimas condições, ela amarrava os escravos pelos pés e pelas mãos ao mesmo tempo. Os escravos eram separados das famílias, tornando a comunicação impossível. E ainda tinham o banzo, que era a “doença da saudade”, que tirava toda a energia desses escravos, tipo a depressão de hoje em dia.

Os senhores de engenho moravam na casa grande, lá, geralmente tinham grandes pinhas de porcelana na ornamentação da casa para simbolizar a riqueza da pessoa, quanto maior e mais gorda a pinha, maior era o poder, mais influência e riqueza daquele senhor de engenho.

 Tem também a sala do maracatu. O Maracatu além de ser uma festa, era uma forma de resistência dos escravos aos brancos. Pois eles não esqueciam das sua cultura, das suas manifestações e da sua religião. Pelo menos uma vez ao ano os senhores de engenho deixavam os escravos saíram pra dançar, porém como o maracatu tem uma ligação muito forte com o candomblé (a própria calunga é uma entidade do Candomblé – ela protege o maracatu) os escravos diziam que a rainha e o rei do congo na verdade era uma homenagem ao rei e a rainha européia, por isso os vestidos tão bem detalhados. Os passos, a dança, o ritmo tudo isso vem do candomblé.
A última sala é de coisas que se remetem ao sertão, na sala tem marcadores de bois, máquinas para fazer cordéis, etc.

“Nós somos os 120 povos, culturas diferentes, línguas diferentes, vidas diferentes, a sociedade brasileira quer que nós sejamos todos iguais, então a sociedade criou um tipo de índio: média altura, cabelo batendo no meio das costas olhos bem rachados, nem muito moreno, nem muito claro, meio avermelhado, se não for assim não é índio, é isso que a educação deveria contribuir com a gente, mostrar as diferenças, nós não somos iguais e nós não somos índios também, índio foi o nome que deram pra gente do mesmo jeito que a educação foi usada para nos oprimir pode também ser usada para nos libertar. AGNALDO PATAXÓ – BA"


Fontes: Texto de nossa autoria criado a partir de uma visita ao museu.






Um comentário:

  1. quero mais fotos nao tem muitas preciso de mais pois andei pesquisando e achaei esse site perfeito mais tem como colocar fotos.obrigado pela sua atnçao!

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